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     A água que é utilizada para consumo humano deve seguir padrões mínimos de qualidade para que não traga riscos à saúde. Não existe uma água completamente pura, mas há limites para a presença de substâncias não nocivas. De acordo com a infectologista Suzi Berbert, quando se analisa água para consumo humano, a presença de microorganismos que causam doenças é inaceitável. Também quanto a elementos químicos, há de se considerar qual o elemento, e mesmo sendo permitido, como o cloro e o flúor, a quantidade não deve ultrapassar limites sanitários que ofereçam potencial prejuízo à saúde.

 

     "A maioria das pessoas menospreza os riscos da ingestão de água não tratada, por crer que apenas o grau de turbidez (transparência) é confiável para análise, esquecendo-se que mesmo a água transparente pode estar contaminada", explica a profissional. A água de origem subterrânea, obtida nas nascentes e poços artesanais, pode estar contaminada pela infiltração de microorganismos e de contaminantes como nitrato, produtos agrícolas e químicos, oriundos de fábricas ou mesmo do solo ou do processo de erosão, e, por isso, não deve ser consumida antes de análises criteriosas e monitorização periódica. Elementos radioativos, também, podem ser um risco.

 

     As principais doenças infecciosas transmitidas pelo consumo de água contaminada são a giardíase, amebíase e outras parasitoses - salmoneloses, shiguelose, o campilobacter e a cólera, norovírus, rotavírus. Estas, causam doenças gastro-intestinais, diarreia e cólicas, com ou sem febre, de maior ou menor gravidade, podendo até causar o óbito, especialmente em crianças. Ainda pode haver a contaminação pela hepatite A, hepatite E, leptospirose e legionela. Alguns contaminantes químicos orgânicos e inorgânicos, podem causar, entre outras coisas, câncer, anemia e irritação na mucosa oral ou no estômago. 

 

     Além dos perigos das fontes alternativas de água, a falta dela nas torneiras provoca uma inadequada higienização dos alimentos e, também, das mãos. Para se prevenir e manter a saúde com pouca água, Suzi orienta o uso de álcool gel em substituição à água na higiene das mãos, exceto quando há muita sugidade visível. "Para higienização dos alimentos, o ideal é utilizar água corrente mesmo, para retirada de terra, ovos de insetos e lagartas, mas, em situações de racionamento, pode-se optar por deixar legumes e folhas de molho em uma solução de água sanitária (uma colher de água sanitária para cada litro de água)", recomeda a infectologista.

 

     No reaproveitamento da água da chuva, esclarece que não é própria para beber, tomar banho ou cozinhar, pois pode trazer elementos da atmosfera e poluentes, especialmente em cidades grandes. "Além disso, teríamos de garantir que o sistema de captação permanecesse asséptico em todo seu trajeto e armazenamento, com monitorização constante, o que seria extremamente dispendioso. Para atividades domésticas, como limpeza, regar plantas e jardins, lavar roupas e carros, essa água de reuso pode ser usada", sugere.

Uso da Água

A falta de água provoca uma inadequada higienização dos alimentos e, também, das mãos. Para se prevenir e manter a saúde pouca água, use de álcool em gel em substituição da água na higiene das mãos - exceto quando há muita sujeira.

  

 

 

O que é a Crise Hídrica?

 

Silvia Gobbo - A crise hídrica é a falta de água. No mesmo instante em que o período de chuva pode ser insuficiente, o solo pode não estar preparado para a filtração da água. Isso é conhecido como crise hídrica.

 

Quais são os erros mais cometidos pela população ao tentar economizar água?

 

Silvia Gobbo - Os piores erros cometidos é não prestar a atenção nas caixas d’água, baldes, canos e encanamentos. Muitas coisas têm que ser mudadas, as pessoas têm que saber reutilizar, e usar melhor a água da maquina de lavar ou de baldes que são armazenadas durante o dia a dia de forma mais eficiente, sem desperdício e armazenar correta.

 

 

       Nos tempos de crise, é importante economizar água. A professoria Silvia Regina Gobbo, 50, da Universidade Metodista de Piracicaba --UNIMEP-- esclarece sobre a crise hídrica e dá dicas na reutilização da água.

Quais são os cuidados ao economizar água?

 

Silvia Gobbo - Verificar sempre o lugar que vai armazenar água. Ao reutilizar a água da máquina, evite o desperdício não enchendo demais os recipientes; ao lavar louças, colocar uma bacia na pia para deixar as louças de molho, assim na hora de lavar fica mais fácil. Reutilizar a água para lavar quintal, regar plantas. São pequenas coisas que o povo mais antigo fazia que atualmente vai ajudar na economia de água.

VOCÊ SABIA?

(foto Bob Calligaris/Unimep)

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